Há vários anos atrás, numa noite fria do inverno portoalegrense, rodávamos de carro pelo Moinhos de Vento quando nos deparamos com um restaurante novo que parecia acolhedor e charmoso e que apresentava do lado de fora um quadro negro anunciando caldo verde. Parecia uma boa pedida naquele momento. Entramos e gostamos do ambiente: uma sala aconchegante, muita madeira, um certo ar "portenho"... Praticamente vazio, só uma mesa estava ocupada por dois homens. Sentamos e pedimos o caldo verde e um vinho. Chegou acompanhado de um pão artesanal. Tudo perfeito. A dona do restaurante veio conversar conosco, falamos que o lugar nos agradava e, em seguida, um dos homens da mesa integrou-se à conversa. Era o marido, também proprietário, que se mostrava contente com nossa visita e apreciação. Uma estreia nada ruidosa para um restaurante que hoje é um dos mais conhecidos e frequentados de Porto Alegre, o Le Bistrot.
Tornou-se meu restaurante preferido na cidade. Continua acolhedor, intimista (pelo menos no inverno), e cheio de gente e movimento nos almoços e nos fins de tarde, especialmente em torno das mesas que, agora cobertas por imensos ombrelones, tomaram conta da calçada. Talvez tenha se tornado, para muitos, um lugar "para ver e ser visto", mas para mim se mantém como um espaço de comida bem feita e bem apresentada, tudo garantido pelo atento olhar dos donos. O sucesso é indiscutível e fez com que eles abrissem outros dois restaurantes, também muito charmosos e agradáveis.
Adoro o buffet que é servido nos almoços de sábado e domingo. E, nas noites de domingo, quando rareiam os lugares para comer bem em Porto Alegre, o Le Bistrot se mantém aberto e acolhedor.
No último fim de semana, estive por lá com amigos. Como não queríamos jantar, pedimos umas entradas, tiras de filet e burrata, como petiscos para acompanhar um bom vinho. Estava delicioso.
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