sábado, 11 de agosto de 2012

A feirinha ecológica da Redenção

Acontece de tudo na Redenção. Desde há muito tempo, desde sempre. Na verdade, o "parque Farroupilha", nome oficial, é quase tão antigo quanto Porto Alegre e sua história está, é claro, muito  entrelaçada à história da cidade. Nos primeiros anos do século XIX, quando surgiu, era chamado de  Campos da Várzea do Portão, já que ficava próximo ao portão da cidade, depoiis passou a se chamar de Campos do Bom Fim e, em 1884, Campos da Redenção, em homenagem a um episódio de libertação de centenas de escravos que ocorreu precisamente ali, um pouco antes da abolição.

Quase todo mundo fala na Redenção, com afeto e no feminino, e o lugar é espaço das manifestações políticas e culturais, da parada da diversidade sexual, das caminhadas e bicicletas, das crianças e dos velhos, dos descolados, dos artistas e dos músicos, do tradicional brique, aos domingos e da feirinha ecológica, aos sábados.

Tudo isso acontece há muitos anos. Mas tenho a impressão que ganhou realce de uns tempos para cá. Seja pela crescente preocupação com a saúde e a boa forma, seja pelo prazer de escolher diretamente produtos frescos e naturais, seja pela graça de preparar refeições saudáveis e personalizadas, o fato é que a feirinha dos sábados está "bombando" cada vez mais.

Outro dia, pensando neste blog, resolvi fazer umas fotos. A pretensão tornou-se impossível de executar, tal a dificuldade que encontrei para circular entre as barraquinhas muito próximas umas das outras e a quantidade de gente que buscava, como eu, produtos sem agrotóxicos.

Tive mais sorte hoje. Provavelmente porque, lá em Londres, o Brasil tentava o ouro no futebol. Não deu o ouro, mas consegui as fotos e comprei frutas, verduras, flores, ervas e temperos. Experimentei um pouquinho de mel, espiei as ofertas de grãos e cereais, os sucos, as geléias sem açucar. Conversei com gente simpática, vendedores ligados a cooperativas que sabem para que serve tal ou qual produto, dão dicas de como fazer os preparos. Um passeio agradável, ainda mais num dia ensolarado.









E, logo adiante, quando já estava quase indo embora, surpreendi o homem que se preparava para encarnar um palhaço e vender balões para a garotada. Não pude resistir. Tinha de registrar a cena!


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