De uns tempos para cá, as cocottes vêm aparecendo cada vez mais. Elas não são uma completa novidade, mas certamente deixaram de ser exclusivas dos bistrôs e restaurantes chiques. Graciosas e coloridas, essas caçarolas ou panelinhas refratárias (de marcas famosas e caras, como as Le Creuset ou Staub ou de marcas nacionais) estão disponiveis nas lojas especializadas em casa/cozinha e, com muito charme, aterrisam em nossas mesas.
Junto com as panelinhas, ou melhor, fazendo parte desse processo, circulam receitas de refeições simples, saudáveis, elegantes e até mesmo sofisticadas. E surgem cursos, degustações, etc. etc.
Ainda não ensaiei minhas receitas. Mas provei uma combinação deliciosa na casa de um amigo há poucos dias. Apreciei o preparo rápido e singelo de "ovos na cocotte".
No fundo da panelinha, meu amigo colocou uma camada de queijo tipo quark. Sobre ela, partiu dois ovos (com muito cuidado para que a gema ficasse intacta). Temperou com sal, pimenta e ervas. Tampada a cocotte, colocou no forno por quinze minutos, mais ou menos. (O forno já estava pré-aquecido). Para acompanhar, pão, muffins de nozes e vinho tinto.
Como tenho fama de gulosa (injusta fama, talvez!), pensei que a refeição não sustentaria o almoço. Mas realmente estava enganada. Embora delicado, o prato é, ao mesmo tempo, forte o suficiente para aquecer o corpo e a alma por um bom tempo.
Uma outra versão desse mesmo prato pode ser feita -- e também já tive chance de experimentar -- substituindo o queijo quark por brie. Fica talvez um pouco mais forte mas é igualmente deliciosa!!
domingo, 26 de agosto de 2012
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Festas de saladas
Já fiz algumas "festas de saladas" em minha casa. Acho um jeito prático de receber, especialmente no verão. Costuma agradar quase todo mundo, sugere informalidade, deixa à vontade anfitriã e convidados. Mas para sustentar um encontro desse tipo é preciso ter várias opções de saladas e caprichar na apresentação, na variedade e combinação de ingredientes, nas cores. Nada a ver com as oito, nove, dez saladas anunciadas por alguns bufês que consistem em uma travessa de tomates fatiados, uma travessa de beterraba ralada, outra de cenoura ralada, outra de couve (também ralada, é claro!), outra de alface com o "espantoso" adicional do queijo ralado (supostamente uma salada Ceasar), e por aí vai...Enfim, a maquininha de ralar legumes funcionando a mil e a imaginação a zero!!
Há algumas saladas clássicas que vale a pena ensaiar. Mas minha pretensão aqui é mais modesta. Pensei em compartilhar uma listinha que fiz, há alguns anos atrás, para me ajudar na hora de inventar ou montar esses pratos. Nada de muito original ou extraordinário, mas lembro que a tal listinha acabou circulando entre alguns amigos interessados.
Ingredientes para possíveis combinações
folhas (alface, rúcula, espinafre, agrião, manjericão, endívia, repolho...)
tomate, cenoura, pepino, xuxu, rabanete, beterraba
aipo, palmito, aspargo
cogumelos
couve-flor, brócolis, ervilha-torta, vagem
cebola, pimentões, abobrinha, beringela, ovos cozidos
massa, batata, arroz, grão-de-bico, feijão branco ou mulatinho...
Uma certa graça se misturar
queijos (muzzarela, branco, parmesão, brie...)
crouton (c/ ou s/ alho)
azeitonas
tomates secos
frutas secas (nozes, passas, amêndoas, castanhas, damascos...)
frios e embutidos (presunto, salmão ou peito de peru defumado, salamito...)
camarão, atum
frutas (laranja, uva, maçã, kiwi, melão...)
Nos molhos
azeite, ervinhas, pimenta
vinagre balsâmico
yogurte, mostarda, limão
curry, shoyu
Para estimular seguem algumas imagens. No mais é experimentar as combinações. Ousar, repetir o que der certo e desprezar o que não agradar ao paladar.
Há algumas saladas clássicas que vale a pena ensaiar. Mas minha pretensão aqui é mais modesta. Pensei em compartilhar uma listinha que fiz, há alguns anos atrás, para me ajudar na hora de inventar ou montar esses pratos. Nada de muito original ou extraordinário, mas lembro que a tal listinha acabou circulando entre alguns amigos interessados.
Ingredientes para possíveis combinações
folhas (alface, rúcula, espinafre, agrião, manjericão, endívia, repolho...)
tomate, cenoura, pepino, xuxu, rabanete, beterraba
aipo, palmito, aspargo
cogumelos
couve-flor, brócolis, ervilha-torta, vagem
cebola, pimentões, abobrinha, beringela, ovos cozidos
massa, batata, arroz, grão-de-bico, feijão branco ou mulatinho...
Uma certa graça se misturar
queijos (muzzarela, branco, parmesão, brie...)
crouton (c/ ou s/ alho)
azeitonas
tomates secos
frutas secas (nozes, passas, amêndoas, castanhas, damascos...)
frios e embutidos (presunto, salmão ou peito de peru defumado, salamito...)
camarão, atum
frutas (laranja, uva, maçã, kiwi, melão...)
Nos molhos
azeite, ervinhas, pimenta
vinagre balsâmico
yogurte, mostarda, limão
curry, shoyu
Para estimular seguem algumas imagens. No mais é experimentar as combinações. Ousar, repetir o que der certo e desprezar o que não agradar ao paladar.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Meu restaurante preferido
Há vários anos atrás, numa noite fria do inverno portoalegrense, rodávamos de carro pelo Moinhos de Vento quando nos deparamos com um restaurante novo que parecia acolhedor e charmoso e que apresentava do lado de fora um quadro negro anunciando caldo verde. Parecia uma boa pedida naquele momento. Entramos e gostamos do ambiente: uma sala aconchegante, muita madeira, um certo ar "portenho"... Praticamente vazio, só uma mesa estava ocupada por dois homens. Sentamos e pedimos o caldo verde e um vinho. Chegou acompanhado de um pão artesanal. Tudo perfeito. A dona do restaurante veio conversar conosco, falamos que o lugar nos agradava e, em seguida, um dos homens da mesa integrou-se à conversa. Era o marido, também proprietário, que se mostrava contente com nossa visita e apreciação. Uma estreia nada ruidosa para um restaurante que hoje é um dos mais conhecidos e frequentados de Porto Alegre, o Le Bistrot.
Tornou-se meu restaurante preferido na cidade. Continua acolhedor, intimista (pelo menos no inverno), e cheio de gente e movimento nos almoços e nos fins de tarde, especialmente em torno das mesas que, agora cobertas por imensos ombrelones, tomaram conta da calçada. Talvez tenha se tornado, para muitos, um lugar "para ver e ser visto", mas para mim se mantém como um espaço de comida bem feita e bem apresentada, tudo garantido pelo atento olhar dos donos. O sucesso é indiscutível e fez com que eles abrissem outros dois restaurantes, também muito charmosos e agradáveis.
Adoro o buffet que é servido nos almoços de sábado e domingo. E, nas noites de domingo, quando rareiam os lugares para comer bem em Porto Alegre, o Le Bistrot se mantém aberto e acolhedor.
No último fim de semana, estive por lá com amigos. Como não queríamos jantar, pedimos umas entradas, tiras de filet e burrata, como petiscos para acompanhar um bom vinho. Estava delicioso.
Tornou-se meu restaurante preferido na cidade. Continua acolhedor, intimista (pelo menos no inverno), e cheio de gente e movimento nos almoços e nos fins de tarde, especialmente em torno das mesas que, agora cobertas por imensos ombrelones, tomaram conta da calçada. Talvez tenha se tornado, para muitos, um lugar "para ver e ser visto", mas para mim se mantém como um espaço de comida bem feita e bem apresentada, tudo garantido pelo atento olhar dos donos. O sucesso é indiscutível e fez com que eles abrissem outros dois restaurantes, também muito charmosos e agradáveis.
Adoro o buffet que é servido nos almoços de sábado e domingo. E, nas noites de domingo, quando rareiam os lugares para comer bem em Porto Alegre, o Le Bistrot se mantém aberto e acolhedor.
No último fim de semana, estive por lá com amigos. Como não queríamos jantar, pedimos umas entradas, tiras de filet e burrata, como petiscos para acompanhar um bom vinho. Estava delicioso.
sábado, 11 de agosto de 2012
A feirinha ecológica da Redenção
Acontece de tudo na Redenção. Desde há muito tempo, desde sempre. Na verdade, o "parque Farroupilha", nome oficial, é quase tão antigo quanto Porto Alegre e sua história está, é claro, muito entrelaçada à história da cidade. Nos primeiros anos do século XIX, quando surgiu, era chamado de Campos da Várzea do Portão, já que ficava próximo ao portão da cidade, depoiis passou a se chamar de Campos do Bom Fim e, em 1884, Campos da Redenção, em homenagem a um episódio de libertação de centenas de escravos que ocorreu precisamente ali, um pouco antes da abolição.
Quase todo mundo fala na Redenção, com afeto e no feminino, e o lugar é espaço das manifestações políticas e culturais, da parada da diversidade sexual, das caminhadas e bicicletas, das crianças e dos velhos, dos descolados, dos artistas e dos músicos, do tradicional brique, aos domingos e da feirinha ecológica, aos sábados.
Tudo isso acontece há muitos anos. Mas tenho a impressão que ganhou realce de uns tempos para cá. Seja pela crescente preocupação com a saúde e a boa forma, seja pelo prazer de escolher diretamente produtos frescos e naturais, seja pela graça de preparar refeições saudáveis e personalizadas, o fato é que a feirinha dos sábados está "bombando" cada vez mais.
Outro dia, pensando neste blog, resolvi fazer umas fotos. A pretensão tornou-se impossível de executar, tal a dificuldade que encontrei para circular entre as barraquinhas muito próximas umas das outras e a quantidade de gente que buscava, como eu, produtos sem agrotóxicos.
Tive mais sorte hoje. Provavelmente porque, lá em Londres, o Brasil tentava o ouro no futebol. Não deu o ouro, mas consegui as fotos e comprei frutas, verduras, flores, ervas e temperos. Experimentei um pouquinho de mel, espiei as ofertas de grãos e cereais, os sucos, as geléias sem açucar. Conversei com gente simpática, vendedores ligados a cooperativas que sabem para que serve tal ou qual produto, dão dicas de como fazer os preparos. Um passeio agradável, ainda mais num dia ensolarado.
E, logo adiante, quando já estava quase indo embora, surpreendi o homem que se preparava para encarnar um palhaço e vender balões para a garotada. Não pude resistir. Tinha de registrar a cena!
Quase todo mundo fala na Redenção, com afeto e no feminino, e o lugar é espaço das manifestações políticas e culturais, da parada da diversidade sexual, das caminhadas e bicicletas, das crianças e dos velhos, dos descolados, dos artistas e dos músicos, do tradicional brique, aos domingos e da feirinha ecológica, aos sábados.
Tudo isso acontece há muitos anos. Mas tenho a impressão que ganhou realce de uns tempos para cá. Seja pela crescente preocupação com a saúde e a boa forma, seja pelo prazer de escolher diretamente produtos frescos e naturais, seja pela graça de preparar refeições saudáveis e personalizadas, o fato é que a feirinha dos sábados está "bombando" cada vez mais.
Outro dia, pensando neste blog, resolvi fazer umas fotos. A pretensão tornou-se impossível de executar, tal a dificuldade que encontrei para circular entre as barraquinhas muito próximas umas das outras e a quantidade de gente que buscava, como eu, produtos sem agrotóxicos.
E, logo adiante, quando já estava quase indo embora, surpreendi o homem que se preparava para encarnar um palhaço e vender balões para a garotada. Não pude resistir. Tinha de registrar a cena!
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Taste Vin
Retornei ao Taste Vin, de Belo Horizonte, há poucos dias atrás. O restaurante, que também se constitui como uma loja de vinhos, continua charmoso e muito concorrido. Sem pressa, prolongamos a apreciação do couvert que estava tão saboroso quanto a conversa que animava o trio de amigos.
Na hora da escolha, resolvi experimentar o "cherne em crosta de macadâmia com banana da terra e ketchup de pimentão", pois tinha notícia de que o prato era delicioso. Confirmou-se a informação. realmente o peixe faz uma combinação delicada com a banana e o resultado é especial.
Meus amigos foram fiéis àquele que é, aparentemente, um dos carros-chefe da casa: o soufllé.
Na hora da escolha, resolvi experimentar o "cherne em crosta de macadâmia com banana da terra e ketchup de pimentão", pois tinha notícia de que o prato era delicioso. Confirmou-se a informação. realmente o peixe faz uma combinação delicada com a banana e o resultado é especial.
Meus amigos foram fiéis àquele que é, aparentemente, um dos carros-chefe da casa: o soufllé.
Um encontro saboroso. Um lugar no qual se combinam refinamento, boa mesa e informalidade. Para mim, a receita perfeita!
sábado, 4 de agosto de 2012
Na serra fluminense
É gostoso o ritmo da serra. Algumas poucas horas em meio à Mata Atlântica e já parece que a gente desacelera. Momentaneamente fica pra trás a animação do Rio e se produz uma espécie de convite para as conversas demoradas, a boa mesa, os passeios sem pressa.
Fiz tudo isso no último fim de semana. Tive chance de rever pessoas queridas, beber uma cachaça muito especial produzida por meu primo, experimentar comidinhas saborosas, olhar velhas fotos e recordar um monte de coisas. Em Petrópolis ficam minhas raízes familiares, em Itaipava, parte da família continua presente.
A primeira parada foi na Venda 46, um espaço que combina um restaurante cheio de graça e de brasilidade e uma cachaçaria que oferece a melhor bebida produzida naquela região e em outras do país.
Pra começar, pedimos uma caipirinha de limão, açucar mascavo e hortelã e (seguindo a sugestão das donas da casa) bolinhos de feijoada. Eu não tinha ideia do que me esperava! Crocante por fora, o bolinho (que não é nada pequeno) revela-se muito macio à primeira mordida e, em seguida, surpreende com seu recheio de couve picadinha (tal como uma feijoada completa). Contaram minhas primas que esse bolinho aparece no cardápio de vários botecos do Rio, mas, para mim, foi uma completa novidade.
Outro momento "glorioso" foi passear pela Pousada Arcoverde e provar da Cachaçaria Engenho do Cunhaú. Continuando uma tradição familiar, Paulo Maranhão produz e envelhece em barris de carvalho uma cachaça artesanal que está ficando famosa. Essa eu já tinha experimentado e aproveitei para confirmar a boa escolha. Um "especialista da área', Jaguar, deu seu atestado de qualidade.
Fiz tudo isso no último fim de semana. Tive chance de rever pessoas queridas, beber uma cachaça muito especial produzida por meu primo, experimentar comidinhas saborosas, olhar velhas fotos e recordar um monte de coisas. Em Petrópolis ficam minhas raízes familiares, em Itaipava, parte da família continua presente.
A primeira parada foi na Venda 46, um espaço que combina um restaurante cheio de graça e de brasilidade e uma cachaçaria que oferece a melhor bebida produzida naquela região e em outras do país.
Pra começar, pedimos uma caipirinha de limão, açucar mascavo e hortelã e (seguindo a sugestão das donas da casa) bolinhos de feijoada. Eu não tinha ideia do que me esperava! Crocante por fora, o bolinho (que não é nada pequeno) revela-se muito macio à primeira mordida e, em seguida, surpreende com seu recheio de couve picadinha (tal como uma feijoada completa). Contaram minhas primas que esse bolinho aparece no cardápio de vários botecos do Rio, mas, para mim, foi uma completa novidade.
Outro momento "glorioso" foi passear pela Pousada Arcoverde e provar da Cachaçaria Engenho do Cunhaú. Continuando uma tradição familiar, Paulo Maranhão produz e envelhece em barris de carvalho uma cachaça artesanal que está ficando famosa. Essa eu já tinha experimentado e aproveitei para confirmar a boa escolha. Um "especialista da área', Jaguar, deu seu atestado de qualidade.
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