Bruschettas para uma happy hour

Poucas pessoas não gostam de bruschettas. Na verdade, acho que não conheço quem não aprecie estas torradinhas generosas que podem receber as mais variadas combinações de cobertura. Para uma happy hour de verão, fiz dois tipos de bruschettas: a mais tradicional, de tomates, e outra de cogumelos.
Os ingredientes da 'base' são: pão francês do tipo baguette, azeite, sal,  pimenta. E, para as coberturas usei queijo mozzarela, tomates (sem pele e sem sementes), cogumelos paris (obviamente frescos, não em conserva), azeitonas, azeite, sal, pimenta e orégano.
A preparação é simples e permite deixar tudo 'armado' antes da chegada dos convidados.
Comprei as baguetes na véspera, pois o pão 'dormido' facilita a colocação das coberturas. Cortei as fatias em diagonais (mais ou menos de um dedo de espessura) e, em cada uma, espalhei fartamente azeite temperado (não acredito nessa história de 'um fio de azeite'!). Levei as fatias ao forno pré-aquecido até que ficassem levemente torradas (o centro ainda macio, as bordas crocantes). Retirei do forno e, pouco depois, coloquei sobre cada fatia (também com generosidade) uma porção de mozzarela ralada. Essa foi a 'base' das bruschettas que, a seguir, receberam os dois tipos de cobertura.
A tradicional foi feita com tomates picados, temperados com sal, pimenta e orégano e, por cima, azeitonas.
Para a outra, primeiro refoguei os cogumelos no azeite temperando também com sal e pimenta.
Com os convidados já presentes, voltei as bruschettas (agora completas com as coberturas) para o forno pré-aquecido por uns poucos minutos. Elas ficaram deliciosas e 'desapareceram' rapidamente!

As bruschettas foram o centro das atenções, mas outras comidinhas completavam a 'hora feliz'. Fritei antecipadamente filezinho de porco e cortei em pequenos pedaços, espetando junto com quadradinhos de abacaxi em palitos longos (daqueles que se usa para espetinhos). A apresentação ficou interessante (pena que não fotografei...).  Havia também uvas, cerejas e castanhas de caju para beliscar e, para beber, espumante, vinho branco e suco.

Nem sempre tudo dá certo

Num restaurante um tanto 'metido' do Fashion Mall do Rio, resolvi experimentar um prato de carne. Não lembro exatamente a 'fórmula' como o prato era descrito no cardápio pois, para combinar com a pretensão do lugar, tudo estava em francês. Mas 'traduzindo', foi o seguinte: um paillard de filé mignon (note-se que paillard consiste em um filé que é 'batido' de modo a ficar bem 'fininho', em torno de 1/2 centimetro de espessura), passado na farinha de pão e frito (algo que lembrava um filé à milanesa, mas bem mais suave, provavelmente a farinha era apenas prensada, sem adição de ovos à mistura). Sobre o filê estavam dispostas várias folhas de rúcula fresca e tomatinhos cereja.  Como acompanhamento, uma pequena porção de risoto de parmesão, apresentado numa tigelinha de ferro. O prato era colorido e saboroso. Efetivamente não precisava de tanto aparato no restaurante; na verdade, eu teria apreciado mais o almoço sem o olhar vigilante da hostess e a onipresença dos garçons.

Salmão com purê de aspargos e cogumelos salteados

Minha proposta era preparar um jantar 'delicado' para duas pessoas.

Comecei com o salmão. É fácil (e barato) encontrar filê de salmão congelado por aqui. Então, comprei uma peça grande. Depois de descongelar, temperei o peixe com uma mistura de sal, alho moído, limão e ervas e um pouquinho de pimenta. Deixei descansar um pouco e coloquei  no forno previamente aquecido por cerca de 15 ou 20 minutos.

Enquanto isso, cortei em gomos uma cebola branca média, temperei com azeite extra virgem, sal e pimenta. Deixei descansar alguns minutos. Na frigideira, comecei salteando a cebola para, em seguida, acrescentar os cogumelos portobelo grandes, cortados em fatias largas e também temperados com azeite, sal e pimenta. A frigideira estava bem quente e foi um lance rápido, para não deixar os cogumelos soltarem água nem ficarem excessivamente 'moles'.

Por fim, me dediquei ao purê de aspargos, adaptando uma receita que vi na televisão. 

Os ingredientes para o purê:
1 maço de aspargos verdes
4 batatas pequenas
200 g de creme de leite,
manteiga, sal, pimenta e noz moscada.

A preparação: Primeiro cozinhei os aspargos (amarrados 'em pé', com os talos para baixo) por cerca de 5 minutos em água fervente. Em seguida mergulhei as pontas (inverti, portanto, a posição dos aspargos) na mesma água fervente por poucos segundos. Retirei e deixei esfriar um pouquinho. Separadamente, cozinhei as batatas previamente descascadas em água com sal. Num processador, coloquei as batatas e os aspargos, mais uma colher de manteiga e um pouco de creme de leite. Como achei que a mistura ficava um pouco 'grossa', acrescentei um pouquinho de leite. Essa mistura coloquei de volta na panela, completando com o restante do creme de leite. Acrescentei um pouquinho de pimenta moída na hora, um pouquinho de noz moscada também ralada na hora e ajustei o sal. Ficou ótimo!

Em harmonia

Sopa de cenoura gelada com nozes picadas, acompanhada de uma taça de espumante. Essa foi minha escolha para jantar no Via Sete de Ipanema, no Rio. Tudo estava saboroso, o ambiente alegre e acolhedor, o garçon gentil na medida certa, presente quando necessário, incentivando as escolhas, afastando-se pouco depois para que eu saboreasse sem perturbação o meu 'banquete'. Como estava sozinha e a noite era quente, preferi uma mesa na parte interna do restaurante, onde o ar condicionado garantia a temperatura ideal. Tudo se mostrava agradável e resolvi prolongar a refeição. Mas escolher o que? Não me parecia apropriado acrescentar um prato 'forte' ou pesado a essa combinação inicial. Então, só para continuar no clima de verão, pedi um carpaccio que, tal como o restante, entrou em harmonia. Valeu a pena.