É sábado de carnaval. Muita gente saiu da cidade. Porto Alegre não é propriamente "da folia", embora também se possa descobrir por aqui desfiles e bailes (há até mesmo um sambódromo). Na contramão do agito e dos blocos exibidos sem cessar na televisão, se ouve o silêncio, as ruas estão vazias e a gente anda sem pressa, antegozando a folga que vai até quarta-feira. Filas, só nas bilheterias dos cinemas, aparentemente a maior diversão urbana.
Neste cenário apetece preparar um almoço tranquilo, estendido no tempo e com direito a sesta. Um almoço descomplicado e que, de preferência, não demande muita arrumação de louça e cozinha. Pensei em peixe, pois ando inclinada às coisas do mar e busco também dar alguma "leveza" à refeição. No freezer encontro um pacote de merluza congelada. Seria melhor se fosse um peixe fresco mas, vá lá, assim não tenho de ir ao mercado.
Uma maneira simples de prepará-lo pode ser "en papillote", quer dizer, empacotado em papel alumínio, levado ao forno, para cozinhar em seu próprio vapor. Adoto essa fórmula que, acredito, não tem erro.
Depois de descongelar os filés, coloco cada um deles num quadrado do papel alumínio e tempero com sal, pimenta, finas fatias de cebola roxa, pedacinhos de tomate cereja e coentro (hoje felizmente consegui coentro), um fio de azeite e fecho bem o pacotinho. Agora é só colocar no forno por cerca de 15 ou 20 minutos.
Para acompanhar preparo batatas cozidas salteadas no azeite junto com cogumelos paris.
Na hora de servir, em cada prato um pacotinho e acompanhamentos. Depois... bem, cada um "se vira" ou, como se diz em francês, cada um deve "se debrouiller" (palavra que me lembra "desembrulhar"). Aberto o pacote, o aroma é delicioso.
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