Escolhemos o restaurante pela internet. Não tinhamos referências mais diretas ou concretas, mas resolvemos arriscar. Era perto, dava para ir a pé. Passamos em frente, confabulamos um pouquinho e decidimos encarar. Reconheci o logotipo: Bazaar. Lembrava de ter visto na Livraria da Travessa, lá em cima, no café, e até já tinha comprado uns molhos da marca.
O lugar pareceu agradável e elegante. Queríamos comer bem e conversar à vontade. Antes era preciso dar uma olhada no cardápio para conferir se havia alguma alternativa vegetariana. Apenas uma oferta: moqueca de palmito pupunha e banana-da-terra com arroz vermelho. Parecia uma boa pedida, mas eram dois os vegetarianos do grupo... Para não repetir a dose, já que estávamos dispostos a experimentar vários itens do cardápio, a alternativa foi escolher o risoto de queijo grana padano. O chef se dispunha a substituir o presunto cru crocante que entrava no risoto. "Ficou gostoso", disse o homenageado da noite, enquanto registrava (e reclamava) meu desinteresse em fotografar o seu prato. Minhas desculpas (esfarrapadas, devo reconhecer) não adiantaram. Desconfio que vou ouvir esse reclamo por muito tempo!
(Aqui o registro da moqueca)
Sem a restrição vegetariana a lista era grande. Por pura curiosidade diante da descrição, escolhi "escalopes de cavaquinha sobre purê de aipim, alho poró crocante e molho adocidado de amêndoas e avelãs". Talvez mais prudente, meu amigo preferiu o "salmão ao molho de saquê e teriyaki com arroz oriental de gergelim, cogumelos e passas".
Como a noite era de comemoração e reencontro, nos permitimos completar o jantar com sobremesa. No cardápio constava um "Etílico Gourmand (três mini sobremesas e uma taça de vinho do porto)". Pedimos três. Um exagero! Mas arrematou bem nosso encontro.