sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Na região do Chianti

Através do cinema, da pintura e da literatura, fui construindo uma imagem do que seria a Toscana. Sonhava em percorrer aquela região, plena de videiras e oliveiras que, acreditava, sugeria calma e tranquilidade. De algum modo consegui espiar um pouquinho disso. Depois de alguns dias aproveitando dos encantos de Florença, partimos numa excursão de ônibus em direção à região do Chianti. 



Agora sim, o verde enchia nossos olhos, os vinhedos eram constantes. Paramos, inicialmente, na pequena e graciosa San Gimignano; seguimos para Siena que, tenho de confessar, me pareceu soterrada pelos turistas (como nós). Pouco deu para apreciar suas ruas, a catedral, a fonte, a enorme praça. Em tudo e por tudo muita gente (e muito calor!). Consegui recuperar um pouco da paisagem sonhada quando retornamos ao ônibus e prosseguimos até Monteriggioni para, depois, aportar numa pequena "azienda agricola", a Poggio Amorelli, onde teríamos a esperada degustação de vinhos, queijos e outras iguarias da terra.




Não me decepcionei. Fomos recebidos pelo casal proprietário da vinícola que, depois das usuais explanações sobre a produção da uva e dos vinhos, acomodou-nos numa sala e passou a nos apresentar alguns de seus produtos. Seja pela forma como o homem conduzia a apreciação dos vinhos (e também do queijo pecorino, dos azeites e do salame toscano) seja pelo efeito dos vários cálices e da proximidade provocada pelas grandes mesas, o fato é que alguma coisa mudava naquela gente que, até então, parecia estar "cada um na sua".  
Agora todo mundo conversava e trocava opiniões. Misturavam-se várias línguas (italiano, espanhol, português, inglês...). De repente formava-se um grupo e algumas curiosidades e informações se repartiam. 


Dos vinhos que provamos, apreciei especialmente um "morellino di scansano" DOCG (Poggio Barbone). DOCG, ou seja, Denominazione di Origine Controlata e Garantita implica num selo que garante a mais alta classificação para os vinhos italianos. Efetivamente estou longe de ser uma conhecedora de vinhos, mas achei muito saboroso. Tivemos chance de provar também um Chianti Classico DOCG Reserve (da própria Poggio Amorelli) que, segundo nos informou o proprietário, havia alcançado 98 pontos na avaliação da revista Wine Spectator.
Animados pelo vinho e pela conversa, muitos compraram produtos ou se espalharam pelos vinhedos, como eu. Um lindo passeio.


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