quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Fruteiras e mercadinhos

Andar à toa pelas ruas, espiando um pouco das coisas e das pessoas do lugar é uma das delícias de uma viagem. Com a pretensão de ser mais uma delas, tentamos assumir um tom casual, tentamos nos misturar. Obviamente tudo não passa de um faz-de-conta. Somos estrangeiras, inevitavelmente. Nem é preciso abrir a boca. Nossos gestos nos traem. Não sabemos dos modos, costumes e jeitos daquele canto do mundo. Pior do que isso, somos turistas, espécie que, embora aceita ou, quem sabe, até desejada, costuma ser, muitas vezes,  um  tanto predadora. Turistas usam consumir depressa, têm olhar indiscreto, querem ouvir, saber, sorver, em pouco tempo, o máximo possível.

Mas às vezes conseguimos deixar de lado a voracidade e nos contentamos em provar um tantinho só da vida local. Na fruteira de uma esquina qualquer, numa venda modesta, longe dos endereços famosos, podemos ter um relance do cotidiano. Imitamos a gente comum e compramos uma fruta para sair comendo pela rua. Talvez isso seja tudo o que podemos fazer, ainda que a vontade fosse carregar um cesto com legumes e verduras que parecem incrivelmente frescos e preparar em casa uma refeição inteira, de verdade.

Em Florença, San Gimignano ou Veneza, nos encantamos com a doçura das frutas e com o frescor dos produtos. E o que dizer da variedade de arroz que se oferecia?



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