Eu caminhava pela Oscar Freire, a famosa rua das grandes marcas e dos preços inatingíveis. Passeava os olhos pelas vitrines, aproveitando um dia livre antes do trabalho que tinha agendado para a manhã seguinte, bem cedinho. Fazia tanto tempo que eu não visitava São Paulo...
De repente começou a tradicional garoa (talvez tradicional só nas canções porque, dizem os moradores, agora já não é tão frequente assim). Passava um pouco do meio dia, o que me permitia aproveitar a desculpa do almoço para entrar em algum lugar e escapar da chuvinha fina.
E assim, sem qualquer informação, muito menos qualquer plano, entrei no Oscar Bistrot. Um quadro negro à entrada, à altura da calçada, oferecia um almoço executivo por R$ 45, o que, para aquele endereço, me pareceu razoável. Aceitei o convite. O bistrot propriamente dito fica um tanto escondido da rua, no subsolo ou nos fundos. Senti-me imediatamente acolhida: poucas mesinhas, alguns sofas, decoração charmosa e simples. Paredes ou janelões permitem aproveitar o verde de folhagens e arbustos plantados logo ali, encostados às vidraças.
Não lembro de música ambiente. Talvez houvesse, mas se havia não atrapalhava as conversas (levadas em tom baixo) ou o mergulho de alguns em seus notebooks e tablets. Ninguém parecia apressado. Pedi um cálice de vinho branco e aguardei os pratos.
De entrada, a garçonete me trouxe um creme aconchegante. Abobrinha, talvez, não lembro mais, Delicioso e inesperado, não constava do cardápio.
Logo em seguida, uma saladinha de massa fria com tomate cereja, mossarela de búfala, azeitona e pesto de rúcula.
Depois o prato principal: Linguado ao papillote com legumes, milho e ervilhas acompanhado de purê com aroma de trufa.
Para finalizar, havia a possibilidade de escolha entre Tarte Tatin ou Panacota. Escolhi a tarte (esqueci de fotografar!!). Tudo delicioso, delicado, com a classe paulistana.
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